Promotor
Óbidos Criativa E.M.
Breve Introdução
Ficções do Interlúdio
Espetáculo e música de Helder Bruno para vozes, quarteto de cordas, piano e fotografia projetada.
Convidados especiais: Nuno Guerreiro (cantor) Ricardo Carriço (ator).
29 de outubro de 2017 18:30 Palco principal
Ficções do Interlúdio é um espetáculo inédito concebido pelo compositor Helder Bruno para estreia no encerramento oficial do FOLIO 2017 - Revoluções, Revoltas e Rebeldias.
Inspirado no título atribuído por Fernando Pessoa a algumas das suas produções literárias, o espetáculo Ficções do Interlúdio pretende associar o tema desta edição do FOLIO ao universo literário de Fernando Pessoa.
Vivemos muitas "personas" no dia-a-dia. Por subjugação, por sobrevivência, por inúmeras razões e justificações a que nos impomos. Nem todos os indivíduos alcançam a elevação necessária para serem quem são. Para serem o que querem ser. Em Fernando Pessoa encontramos a afirmação plena de "ser quem se é" e de "quem se quer ser". Nos heterónimos e no ortónimo, Fernando Pessoa foi sempre o que quis ser. Foi ele próprio. PESSOA foi pessoa. Não será esta a maior das Revoluções, a mais profunda das Revoltas, a mais pertinente Rebeldia?
Entre outras obras intituladas Ficções do Interlúdio encontra-se um conjunto de 5 poemas atribuídos ao ortónimo, do qual Helder Bruno adaptou "Hiemal" e compôs a música que será neste espetáculo interpretada por Nuno Guerreiro. Ao longo do espetáculo o ator Ricardo Carriço apresentará um pouco mais das "Ficções do Interlúdio" e do universo de Fernando Pessoa.
Com este enquadramento - as "revoluções, revoltas e rebeldias" do "eu" verdadeiro - Helder Bruno concebeu um espetáculo em que a sua música, os trechos e poemas de Fernando Pessoa e as fotografias de Lieve Tobback pretendem remeter o público para um universo pessoal, imagético e sensorial, ficcional ou não, mas sempre verdadeiro e, assim, libertador.
Sinopse
Ficções do Interlúdio contextualização histórico-literária
Nos anos 10 do século XX para diferentes tipos de poesia ligados ao Paulismo - o primeiro "ismo" literário criado por Pessoa, no âmbito do Modernismo Português - o expoente do paulismo foi o poema Pauis, de 1913, publicado no único número da revista Renascença, em 1914. "Pauis" faz parte do díptico Impressões do Crepúsculo (muito ligado ao simbolismo francês e a Camilo Pessanha). A a este movimento literário seguiram-se o Interseccionismo e o Sensacionismo. O paulismo reflectia uma linguagem poética vaga, subtil e complexa baseada no sonho. O mesmo título foi pensado para um projecto de publicação de várias obras, entre os quais: 1.O Banqueiro Anarquista (havia sido publicado em 1922 na Revista Contemporânea); 2. Poemas Completos de Alberto Caeiro (1889-1915); 3. Manuscrito de um Sibarita. Numa carta de 1932, dirigida a João Gaspar Simões (crítico literário, director da Revista Presença e primeiro biógrafo do poeta), Fernando Pessoa apresenta o seu projecto de publicação dos três heterónimos.
Promotor
Concerto integrado na Programação Fundação Inatel para o FOLIO
Interpretação
Voz: Nuno Guerreiro
Leituras: Ricardo Carriço
Soprano: Mafalda Camilo
Violinos: Maria Kagan, Jorman Torres
Viola darco: Rogério Monteiro
Violoncelo: Feodor Kolpashnikov
Fotografia: Lieve Tobback
Produção
Direção técnica: Filipe Ferreira
Assistente técnico: André Simões
Conceção e Direção Artística e Musical: Helder Bruno
Composição, orquestração e piano: Helder Bruno
Produção: CHERRY BLOSSOM, ArtCulture Business Consulting