Promotor
Câmara Municipal de Ílhavo
Breve Introdução
por Circolando
Os Raios X, descobertos em 1895 por Wilhelm Röntgen, trazem a inquietação metafísica de ver o interior dos corpos materiais, poder observar o interior das coisas vivas, penetrar a matéria e perceber as coisas a partir do seu centro mais íntimo e vital. Foi este o repto para este Raio X, uma criação que parte, não sem alguma perplexidade, para os terrenos movediços dos espaços interiores. A visão do Grande Vazio faz perder o pé. O espetáculo indaga os
territórios do etéreo e da beleza, o espaço dos ecos da luz, dos brancos intersticiais, da ressonância do visível. Tudo geografias imaginárias que facilmente se adaptam ao que mais seduz o ser humano nas radiografias: a cor, a luz, o tempo, o frio. A ideia de um
corpo poroso, diáfano, transparente. E o verbo expor. Expor despudoradamente. Depois, levaram ao processo o corpo sem orgãos desenvolvido por Gilles Deleuze. Uma ideia, uma metáfora, um desafio, uma prática, que tem em si tanto de filosófico como de político. Fazer do corpo uma potência que não se reduz ao organismo. Fazer do pensamento uma potência que não se reduz à
consciência. Pode levantar o exame no dia 15 de junho, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.
criação André Braga e Cláudia Figueiredo com toda a equipa
direção André Braga
dramaturgia Cláudia Figueiredo
interpretação André Braga e Paulo Mota
música ao vivo Pedro Augusto
vídeo Vitor Costa
luz João Abreu
produção Ana Carvalhosa (direção) e Cláudia Santos
apoio à realização plástica Rodrigo Queirós
coprodução Circolando, Teatro Municipal do Porto, São Luiz Teatro Municipal
residências de criação FITEI, Teatro Municipal do Porto
apoios IEFP e DGArtes